Que não cansa de soprar
Na esperança de alcança-la
Neste seu incansável andar
Em outras ser a chuva
Pra poder lhe refrescar
Lavar da alma as lutas
Seu corpo, todo molhar
Poderia ser também, música
A emoldurar seus pensamentos
Torna-los belos, sublimes
Só alegrias, sem lamentos.
Ser como o sol
Pra clarear os seus dias
Ou talvez a lua
Pra lhe encher de fantasias
Ou ser como as ondas do mar
A bater nas pedras, incessante
Como um insistente gritar
Implorando o seu entender
Uma confissão de amor
Tentando faze-la escutar
Ou fazer de você as areias da praia
Pra em ti me espraiar
Num acariciar suave e contínuo
Num vai e vem, sem parar
Mas me contentaria ser flores
Pra enfeitar sua vida
Faze-la cheia de cores
De perfumes, belezas
E sem dores.
Alberto Duarte Bezerra
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