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Ossë

Ossë é um Maia, vassalo de Ulmo, que detêm o controle sobre as ondas e mares da Terra-Média. Também é conhecido como o Senhor dos Mares. Embora existam duas explicações possíveis para o significado de seu nome, o mais provável é que ele seja derivado do Valarin e signifique “Espuma”. Ele ama as costas e ilhas, porém sente prazer na violência e ri das tempestades que provoca, por vezes sem a ordem de Ulmo. Sua esposa Uinen é a única que pode acalmar sua ferocidade e é por ela que clamam os marinheiros. Dentre todos os Maiar, ele é o mais conhecido pelos habitantes da Terra-Média.

Durante a criação de Arda, Melkor tentou atrair Ossë para sua vassalagem. Em troca de sua servidão ao Valar, ele receberia todo o reino e o poder de Ulmo. Ossë aceitou a proposta e criou enormes turbulências no mar que devastaram as terras. Então Uinen, a pedido de Aulë, controlou a fúria do Maia e o levou a presença de Ulmo. Ossë foi perdoado e assumiu novamente um compromisso de lealdade, ao qual tem sido fiel. Ainda assim, algumas vezes ele ainda cede aos seus próprios caprichos e o mar se enfurece a seu pedido. Por esse motivo, aqueles que moram junto ao mar ou que costumam navegar em barcos podem amá-lo, mas nunca confiam nele.

Depois que os Vanyar e os Noldor partiram para Valinor, os Teleri foram para o litoral de Beleriand onde viveram durante muito tempo. Ossë os tratava com amizade e os instruía, sentando em uma rocha junto ao mar, ensinando canções e histórias. Assim, os Teleri se apaixonaram pelos mares e suas canções continham o som das ondas que batiam na praia. Quando Ulmo finalmente voltou para buscá-los, a dor de Ossë foi imensa. Ele se entristeceu porque não ouviria mais as suas vozes em seu território e acabou convencendo alguns desses elfos a permanecer no litoral. Eles receberam a denominação de falathrim, elfos-das-falas, e foram os primeiros marinheiros da Terra-Média e os primeiros a fabricar embarcações. Círdan, o armador, era o seu senhor.

Quanto aos teleri que decidiram seguir para Valinor usando uma ilha como embarcação, ao ouvirem o chamado de Ossë e reconhecerem a sua voz, imploraram para que Ulmo suspendesse a viagem. O Vala compreendia os seus corações e concordou prontamente, pedindo a Ossë para fixar a ilha e prendê-la no fundo do mar. A ilha passou a ser chamada de Tol Eressëa, a Ilha Solitária, e permaneceu então na Baía de Eldamar. Ali os teleri viveram como queriam, sob as estrelas da Terra-Média, mas sempre a vista de Aman. Porém, um dia seus corações começaram a mudar e eles se sentiram atraídos pela luz de Valinor. Ossë mais uma vez se entristeceu, mas a pedido de Ulmo foi até eles e lhes ensinou a arte de fabricar barcos. E quando seus barcos ficaram prontos, eles receberam como presente de despedida cisnes que os levaram em suas embarcações para as terras de Aman.

Durante o fratricídio de Aqualondë, quando Olwë percebeu que a batalha estava perdida e que os noldor conseguiriam fugir de Valinor com seus barcos, ele recorreu a Ossë. O Maia não pôde atendê-los porque os Valar não permitiram que a fuga dos noldor fosse interrompida pela força. No entanto, depois que a maldição dos noldor foi proferida, ele ajudou a impedir que qualquer embarcação que partisse da Terra-Média chegasse à Valinor. Um bom exemplo disso ocorre quando Círdan, a pedido de Turgon, manda construir sete barcos que deveriam navegar para Valinor em busca de ajuda. Os navios afundaram em tempestades sem conseguir chegar a Aman, matando todos os tripulantes, exceto Voronwë, que foi salvo da fúria de Ossë pelo próprio Ulmo.

Mais tarde, por determinação dos Valar, Ossë foi encarregado de erguer uma ilha das profundezas das grandes águas para que os descendentes das três Casas Fiéis dos homens habitassem. Ela ficava entre Tol Eressëa e o litoral da Terra-Média e passou a ser chamada de Andor, a Terra das Dádivas, ou Númenor. Ossë era temido e respeitado pelos numenorianos, que sabiam que a ilha só se mantinha no lugar pela guarda dos Valar e porque a fúria dele estava refreada. Assim, os marinheiros de Númenor criaram o hábito de colocar na proa da embarcação o Ramo Verde do Retorno, que já era usado pelos elfos de Valinor como sinal de amizade por Ossë e Uinen.

Apesar de ter se unido a Morgoth em um primeiro momento, Ossë se arrependeu e desde então passou a ser fiel aos Valar, que aprenderam a usar sua personalidade forte e independente a favor de seus desígnios. Com suas tempestades que naufragavam os navios daqueles que tentassem chegar a Valinor, ele obedecia à vontade de Mandos, sendo servo da condenação. Em versões posteriores de “O Silmarillion” e também no décimo volume de “The History of Middle-Earth”, Ossë é retratado como um Valar que por vezes se opunha aos desejos de Ulmo.



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