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Manwë Súlimo

Manwë Súlimo era irmão de Melkor, o segundo mais velho dentre os Ainur e aquele que melhor compreendia os desígnios de Ilúvatar. Enquanto Manwë significa “o abençoado”, Súlimo é um termo que se refere ao vento. Alguns acreditam que ele seria uma espécie de representação de deidade ligada aos céus, assim como Zeus. Outras características que tornam essa ideia plausível é o fato de Mawë ser o líder dos Valar e também a sua ligação com as águias.

Durante a Grande Música, que mais tarde daria origem a Eä, Manwë teria voltado os seus pensamentos para os ares e os ventos. E graças às nuvens, criadas pela interferência de Melkor, Manwë e Ulmo, que voltara seu pensamento para a água, ficaram mais próximos e se aliaram desde o início. Junto com Aulë, os dois foram os principais responsáveis pela criação de tudo que compunha o mundo. Portanto, quando Melkor decidiu que aquele seria seu reino, Manwë levantou-se contra ele e impediu que ele tomasse para si a terra onde trabalhara tão arduamente. Assim teve início sua primeira luta com seu irmão, pelo domínio de Arda.

Manwë tornou-se então o Rei de Eä. Não se importava com sua própria honra nem com o poder, pensava acima de tudo na paz. Ao seu lado vivia Varda, a Senhora das Estrelas, e eles raramente se separavam pois, juntos, seu poder era maior. Viviam primeiramente em Almaren, mas depois que Melkor ousou destruir as lamparinas que iluminavam a Terra-Média, seguiram junto aos outros Valar para as terras de Aman. Sua morada foi fortificada e montanhas foram criadas. Taniquetil era a mais alta delas e foi onde Manwë instalou o seu trono. Apesar de seu isolamento, espíritos em forma de falcões e águias sempre lhe levavam notícias de tudo que se passava em Arda. Mas Melkor se escondia em meio a escuridão, e era impossível saber o que estava tramando.

Quando os primogênitos finalmente acordaram, muito se debateu a respeito da melhor decisão a tomar para garantir sua proteção. Seguindo o conselho de Ilúvatar em seu coração, Manwë declarou que mais uma vez deveriam investir contra Melkor para que Arda se tornasse segura para os elfos. Dessa forma, Utumno foi parcialmente destruída, Melkor capturado e levado até as prisões de Mandos, onde deveria permanecer por três eras. Como ainda temiam pelos elfos, Manwë e os outros Valar decidiram convocá-los a viverem em Valinor, ao seu lado. Acontece que, passada as três eras, Melkor ajoelhou-se aos pés de Manwë pedindo por perdão. Mesmo sendo um grande governante, Manwë era muito inocente e nunca chegou a compreender totalmente a maldade, assim, ele decidiu libertar seu irmão e mantê-lo por perto, sob vigilância.

Dentre todos os elfos que se dirigiram a Valinor, os mais amados por Manwë foram os Vanyar, a quem ele ofereceu música e poesia. Viviam juntos a ele e Varda em Taniquetil. Já os Noldor, que inicialmente eram os mais queridos por Aulë, acabaram se aproximando de Melkor, em busca do aprimoramento de suas artes manuais. Melkor, que parecia realmente arrependido no início, começou a lhes dar maus conselhos e jogá-los contra os Valar. A inquietação crescia, porém, Manwë acreditava que Fëanor era seu líder, por ter sido o primeiro a falar contra eles. Assim ele foi chamado diante dos Valar para responder por seus atos e, mesmo quando descobriu que Melkor era a raiz de todos os problemas, Manwë não considerou Fëanor livre da culpa de ter ameaçado seu meio-irmão, Fingolfin, e o exilou durante doze anos.

Passado esse período de tempo, Manwë convocou Fëanor mais uma vez para que se reconciliasse com Fingolfin. Mas Melkor resolveu agir, destruindo as duas árvores de Yavanna. Quando Fëanor descobriu que as Silmarills foram roubadas e seu pai, Finwë, estava morto, ele mal-disse a convocação de Manwë e se rebelou junto com outros de seu povo, deixando as terras de Valinor. Manwë enviou seu mensageiro pedindo para que voltassem atrás na decisão ou os Valar não lhes prestariam mais auxílio, mas Fëanor fez pouco caso e prosseguiu, matando muitos dos elfos de Alqualondë para usar seus barcos na fuga. Manwë abaixou a cabeça e chorou pelo destino dos Noldor. Quando já estavam no mar, ouviram do próprio Mandos a maldição de Manwë: os Noldor que apoiaram Fëanor não mais poderiam voltar a Valinor, suas lamentações não seriam mais ouvidas, tudo que construíssem teria um final terrível, haveria traição em seu meio e quando seu sangue fosse enfim derramado pelo assassinato, seus espíritos iriam para os salões de Mandos, onde encontrariam pouca compaixão e sua raça seria suplantada pela dos homens.

Ainda assim, Manwë não abandonou totalmente os Noldor no exílio e se preocupava com a chegada dos homens. Lembrando-se da escuridão de Arda, os Valar criaram carros que conteriam a luz das duas árvores destruídas e percorreriam toda a terra. Eles foram abençoados por Manwë e seriam conhecidos posteriormente como o sol e a lua. Com Arda Iluminada, Melkor teria dificuldade de realizar seus feitos. A sua interferência na Terra-Média passa a ser pequena desde então e normalmente se dá através de Thorondor, o Senhor das Águias. Quando Fingon clama por ele para libertar Maedhros, é através de Thorondor que vem sua ajuda.

Mas então Eärendil, que havia herdado a Silmaril de Thingol, consegue cruzar o mar e chegar a Valinor, onde pede pelo perdão dos Valar e ajuda aos Noldor. Atendendo sua súplica, Manwë decide reunir mais uma vez seu exército e enfrentar Morgoth em uma batalha que ficou conhecida como Guerra da Ira. A luta foi longa e árdua, mas finalmente Melkor foi derrotado e enviado para o vazio.

Apesar de existirem diversas referências à Manwë na obra de Tolkien, às vezes elas são um pouco confusas e contraditórias. Ele chega a representar a figura de um pai para os elfos, pois os castiga de maneira severa por seus erros, mas nunca deixa de olhar por eles. Aparentemente, ele dedica menos cuidados aos homens, cujos destinos estão somente nas mãos do próprio Ilúvatar.



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