Varda é a esposa de Manwë, rainha dos Valar e a mais poderosa dentre todas as Valier. Seu nome significa “a elevada” e ela também é conhecida como Elentári ou Elbereth (rainha das estrelas). Bela demais para que palavras consigam descrevê-la, sua face emana a luz de Ilúvatar. E é na luz que Varda encontra seu poder e sua alegria. Ela é a valië mais amada e reverenciada pelos elfos na Terra-Média, e é a ela que eles sempre recorrem em momentos de necessidade.
Desde quando Melkor começou a criar a discórdia, Varda entendeu o que se passava em sua mente e tornou-se sua maior inimiga. Melkor então passou a odiá-la e a temia mais do que a qualquer outro ser. Assim, quando Manwë foi até Eä, ela o acompanhou com o objetivo de ajudá-lo e passou a conhecer cada uma de suas regiões. Eles raramente se separam, uma vez que são mais poderosos quando estão juntos. Com Varda ao seu lado, Manwë pode enxergar mais longe e ela pode ouvir com mais clareza.
Na época em que os Valar ainda viviam em Almaren, antes do despertar dos filhos de Ilúvatar, duas lamparinas foram criadas para iluminar a Terra-Média e Varda foi quem as encheu de luz. Mais tarde, quando Melkor as destruiu, Varda seguiu junto a Manwë e os outros Valar para Aman. Taniquetil, a mais alta das montanhas onde Manwë instalou seu trono, passou a ser sua morada.
Depois da criação das duas Árvores de Valinor por Yavanna, Varda passou a armazenar seu orvalho luminoso em enormes tonéis. Quando se aproximava a hora do despertar dos filhos de Ilúvatar, ela olhou para o céu e viu as esparsas estrelas que há muito havia criado e decidiu começar naquele instante a realização da maior dentre todas as obras dos Valar até então. Com o orvalho armazenado, criou novas estrelas ainda mais brilhantes do que as anteriores. E assim surgiram as constelações, que eram como sinais no céu de Arda. E no momento final de seu longo e demorado trabalho, ocorreu o despertar dos Primogênitos.
Assim como Manwë, Varda tinha preferência pelo clã dos Vanyar, conhecidos como belos-elfos. Eles viviam junto a ela em Taniquetil. Mas foi Fëanor, um Noldor, quem criou a obra que atingiria mais renome do que qualquer outra feita pelos elfos: as Silmarils. Essas pedras brilhavam como as estrelas criadas por Varda e foram consagradas por ela, para que nenhuma mão impura pudesse tocá-las sem se queimar. Porém, quando as Silmarils foram roubadas por Melkor, Varda também foi testemunha do terrível juramento feito por Fëanor e seus filhos, que dizia respeito à perseguição e morte de qualquer um que tomasse ou guardasse uma das pedras.
Mais tarde, os Valar decidiram criar o sol e a lua, pois acreditavam que a luz poderia dificultar as ações de Melkor contra os filhos de Ilúvatar. Varda foi a responsável por fazer com que os dois subissem aos céus e determinar seu curso e movimento. Arien, Maia que carregava a nave do sol, era sua criada.
Muitas das lamentações e preces da Terra-Média feitas por elfos e homens são dedicadas à Varda. E ela, a que tudo ouve, por vezes as responde. Um bom exemplo disso ocorre durante a Guerra do Anel, quando ela ajuda o Sam na batalha contra Shelob, através da Luz de Ëarendil.
Vídeo com o poema “Namárië”, mais conhecido como “O lamento de Galadriel”. Você pode notar que a cantora Aijin Hidelias teve um certo cuidado com a pronúncia correta do Quenya.
Onde as estrelas tremem na canção
De sua voz de Santa e Rainha.
Quem agora há de encher-me a taça outra vez?
Pois agora a Inflamadora, Varda, a Rainha das Estrelas,
do Monte Sempre branco, ergueu suas mãos como nuvens
E todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;(…)”