A origem da adoção não vem do homem mas de Deus. O homem convertido e justificado não tem direito diante de Deus para ser adotado. O homem não pode pensar que ele tem um direito natural diante de Deus por ser uma criado superior de toda a criação natural. Se o homem tivesse direito por ser originalmente criado na imagem de Deus, todo e qualquer homem teria direito à adoção. O homem regenerado e feito vivo espiritualmente também não tem direito diante de Deus de ser adotado. O homem regenerado e convertido não é mais condenado, mas, mesmo assim, não tem direito ao amor de Deus. O amor de Deus pelo cristão não é por merecimento nenhum. Por isso a adoção não é um direito do homem espiritual.
A origem da adoção é um dom de amor de Deus àqueles que têm a união com Cristo, o Unigênito filho. A verdade é que a adoção vem, não de qualquer direito de homem algum, mas pelo "beneplácito de Sua vontade", a vontade de Deus (Efés. 1:5). A adoção é merecida somente pela obra de Cristo e dada em amor a todos que venham a Cristo pela fé (João 1:12). A adoção é herdada no começo da carreira cristã quando ainda não há mérito nenhum pelas obras da obediência do cristão (I Cor. 1:26-29).
A natureza da adoção é revelada em que ela é uma escolha de Deus a aceitar os que eram estrangeiros e peregrinos "como concidadãos dos santos, e da família de Deus" (Efés. 2:19). A adoção faz que o cristão participa da natureza santa de Cristo, pela união com Seu Próprio Filho (João 17:21-23; II Pedro 1:4, "participantes da natureza divina").
O tempo da adoção é de eternidade a eternidade: A adoção é eterna na sua conceição (Efés. 1: 4,5, "antes da fundação do mundo ... E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo"). A adoção começa literalmente no ato da salvação (João 1:12; Gal. 3:26, "todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus"). A adoção é futuramente eterna pois ela passa pela morte e a transformação do corpo, pela eternidade (Romanos 8:23, "e esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"; II Cor. 5:10; I João 3:1-3, "agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser"). É entendida que a adoção é eterna pois ela não depende na obra de nenhuma criatura mas completamente na obra santa do Criador (I Cor. 1:30; Romanos 9:11; 11:5,6).
As bênçãos de adoção são inúmeras e gloriosas. Por sermos adotados na família de Deus temos: o nome da família (I João 3:1, "chamados filhos de Deus"; Efés. 3:14,15); a identidade da família (Romanos 8:29, "a imagem de seu Filho"); o amor da família (João 13:35, "nisto todos conheceram que sois meus discípulos, se amardes uns aos outros"; I João 3:14); o espírito da família (Romanos 8:15, "recebestes o Espírito de adoção de filhos"; Gal. 4:6), e, a responsabilidade da família (João 14:23, 24, "Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra"; João 15:8). Amém !!!
Outras bênçãos ainda poderiam ser listadas...
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