No silêncio na escuridão
Nada mais resta dentro de mim.
Dentro de mim... nada!
Nada mais resta nessa manhã dourada,
Onde a ausência faz morada.
Silêncio da tua voz,
escuridão da tua falta.
A indiferença me sorrir amiga,
não vou a lugar algum.
Meus pés já não sabem aonde ir,
Meus braços ora abertos,
agora caem lateralmente,
sobre meu corpo inerte,
Como caem as palmas mortas dos coqueiros,
Sobre o tronco que as sustentavam.
Sinto-me estática,
no tempo, e no espaço.
Pensamentos alienados,
meus olhos já não choram.
Secos, contemplam o azul do infinito,
onde céu e mar se fundem,
Meu sorriso... aonde está?
Olho meu espaço, sou razão.
Na febre da insensatez
Busco refugio, afasto o coração.
Imensidão, céu, mar,
ondas de solidão.
No silêncio na escuridão.
Vazio.
Ana Maria Marya
13/09/2006
Ita/Ba/Brasil
Canto da Poesia
Cirandas de Letras........."No Silencio, na escuridão"
Antologia Poetica 2006