Onde estás?


Água salgada, noite sem fim,
Solidão, muralha alta, a fechar horizontes.
Meus olhos nada vêm, lacrimejam,
Sinto angústia, não vejo as rosas,
As flores, perfume dos jasmins.
Onde estás?
Cruel agonia, minhas entranhas.
Tua mão tira-me desse calabouço.
Meus lamentos enchem a noite,
imaginação, sombras estranhas.
Escuta percebe não te ouço.
Dá-me um sinal.
Vives?
Nosso amor é vivo?
Medo e noite rondam-me.
Sei que a aurora voltará,
E de novo me consolará,
A harmonia cobrirá horizontes,
Rios de consolação correrão,
Hás de um dia voltar.
Haverá novamente risos, luar,
Alegria, canções, música!
Estarei novamente contigo.
Vem completa minh`alma,
Terás meu corpo como abrigo.
Vem!



Ana Maria Marya
09/11/2007
Ita/Ba/Brasil