Nossa poesia
Acordo com a luz a invadir,
Nossa intimidade a dormir.
Um raio de luz penetra,
pela fresta da janela.
A chuva a cair no telhado,
tem jeito de coisa do campo.
Fecho os olhos e te imagino,
corpo molhado andar ligeiro.
Meu homem, sorriso brejeiro,
és tu a me olhar primeiro.
O cheiro do sabonete embriaga,
tiras-me o sono, colocas-me no sonhar.
O querer é força sem violência,
amar, desejar sem clemência.
Mãos molhadas,
em meu corpo a escrever
palavras de fogo, louco padecer.
Movimentos, dança á luz da fresta,
Sob a música da chuva que forte cai.
Minha pele conhece a pressão dos teus dedos.
Sou tua presa, teu desejo, tua alegria.
Teu corpo em minhas mãos não resiste.
Juntos matamos ânsias, afastamos medos.
Á quatro mãos, escrevemos nossa poesia.
Nossos corpos deixam sedimentos,
A chuva cai impiedosa,
Mistério... fantasia.
Ana Maria Marya
11/12/2006
Ita/Ba/Brasil
Canto da Poesia
Cirandas de Letras..........."nossa poesia"