Neste fim de semana visitei meus pais e fiquei guardando na memória cada gesto que faziam.
Queria eternizar cada momento vivido assim em comunhão com cada um deles.
Minha mãe sempre preocupada com o que comemos. Meu pai atento ao que fazemos e ao que falamos.
Tantos anos têm atrás de si! Quantos mais terão à frente?
Os cabelos de meu pai tão branquinhos (quase transparentes) e ele ainda tem tanta força nos olhos azuis. Suas costas arqueadas de tanto que lutou com o mundo.
Minha mãe com sua memória tinindo para os fatos da infância e mocidade é um verdadeiro arquivo de histórias "dos antigamentes".
Gosto de ouvi-la narrar suas lembranças cheias de encantamento e emoção. É uma dádiva ver seus verdes olhos brilhando de excitação.
Fico caladinha, qual criança no colo da mãe a esperar pelo sono, a ouvir as narrativas.
Enquanto escrevo, agora, me emociono. Queria ter meus pais sempre por perto. Eternamente...
Eles sempre estiveram presentes em tudo que fizemos. Intensamente.
Cada etapa que vencíamos tivemos seus aplausos. Em cada tropeço suas mãos nos ergueram.
Nas doenças, tivemos o remedinho, a proteção.
Em cada choro, a lágrima ficava menos amarga com o seu consolo.
Hoje consigo medir a extensão do desapego e a força de cada gesto.
Se sou feliz é porque tenho a herança de amor de meus pais.
Meus pais são luzes de brilho intenso em meus dias...