Eu gosto de apreciar as mulheres de quarenta e cinco anos,
nos mínimos detalhes.
Pelos binóculos da minha alma;
Mais o misticismo de ser homem,
Que vê mistérios no incenso raro
E na solidão das catedrais!
Pois que, a mulher de quarenta e cinco anos,
É um terço de meninice,
Outro tempo de namorada,
Mais um pedaço de fruta madura;
Inda, a mulher de cincoenta anos que vai chegar.
Abrindo outro ciclo esplendoroso, do complemento geral,
Que faz a mulher, a dama de honra mais bela,
Dos jardins de Deus.
Nos traços destas mulheres,
( As de quarenta e cinco anos ),
Existe um travo de desconfiança,
Amores que se resolverão,
Despertamento de esperanças,
Uma vontade de se dar,
A santidade purificada,
Muitos delírios ( Delirantes ),
Por um fulgurante amor!
"Pelas vivências infantis, as danças de roda,
Rodando os seus modos de dançar!
"Dos tempos de namorada, a languidez dos sonhos
E uma preocupação que turva os olhos,
Quando o olhar se torna amante!
Dos quarenta e cinco prá diante, ( já é licor! ).
A mulher licorosa,
Quer apurado paladar,
Para se deixar degustar:
Por um cavalheiro audaz, mas caprichoso!
Que conhece as idades,
As pontes e os atalhos,
Para conduzir um grande amor!
"Fica acordado, que toda mulher,
Tem o dever, e o sagrado direito,
de descontar 20% dos anos vividos,
Quando bem cuidada ou está apaixonada!"
( Código amoroso Napolitano )
- Século XIV -
Joao das Flores