Enfim a chuva veio trazer
A paz nos telhados
E tecer arpejos
Aos ouvidos
Mansamente fez despertar
O cheiro do jardim
E a fronte da romã
De diamantes enfeitaram-se as rosas
Com a beleza cristalina que a santidade
Pincela de ouro os girassóis
Pudesse a chuva lavar a sujeira da alma,
Pudesse...
Pudesse afogar a maldade e a infelicidade,
Pudesse...
Inda arrancar dos homens a festa
Que vieram aqui para festejar...
Talvez na expressão do vento, um sorriso
Chegasse abraçando outro sorriso...
E a terra abençoada, toda,
Gritasse de alegria!
João das Flores