Eu que te amei em eloquente silêncio,
E tantas vezes te falei nas entrelinhas,
Eu que tanto me neguei a te amar,
Em acabrunhado e disfarçado recato,
E tantas vezes te falei nas entrelinhas,
Eu que tanto me neguei a te amar,
Em acabrunhado e disfarçado recato,
Em pranto vertido, contido e solitário.
E tantas vezes deixei partir-se o meu peito,
Enquanto teus olhos me convidavam.
E tantas vezes deixei partir-se o meu peito,
Enquanto teus olhos me convidavam.
Em ensaios do nascer da luz ao amanhecer,
Entrelacei as tuas mãos nas minhas.
Estremeci ao toque do teu corpo no meu.
Entrelacei as tuas mãos nas minhas.
Estremeci ao toque do teu corpo no meu.
E cedi às emoções de beijos e paixão,
Enfeitando o castelo dos nossos sonhos.
Era só quimera frágil que se desmanchou.
Efêmeros sopros do vento na bruma.
Enfeitando o castelo dos nossos sonhos.
Era só quimera frágil que se desmanchou.
Efêmeros sopros do vento na bruma.
Errante amor sem pilares de sustentação.
Espúrio e devotado só ao templo da paixão.
Estúpido coração! Crédulo e inconsequente.
Espúrio e devotado só ao templo da paixão.
Estúpido coração! Crédulo e inconsequente.
Ensaios de lágrimas com o sol poente.
Entrelinhas da morte em vidas entrelaçadas,
E meu coração só, para sempre descrente
Entrelinhas da morte em vidas entrelaçadas,
E meu coração só, para sempre descrente