MEU ÚLTIMO SONHO






Eu amo a vida e não sou correspondido.

Felicidades eu tive, mas passageiras, pois os meus momentos felizes nada mais foram que miragens, no deserto de vida que em eu vivi.

Fui um triste andarilho pelo escaldante deserto de um viver sofrido.

De vez em quando, eu encontrava um momento de paz, que nada mais era que um oásis em minha caminhada, onde eu me refazia das frustrações sofridas.

Mas, logo, teria de deixar o oásis e continuar a minha missão: Novas frustrações e ingratidões.

Ás vezes surgia a esperança que tudo mudaria para mim e que, em fim, encontraria à minha frente só momentos bons.

Miragem, Meu Deus! Pois toda esperança se transformava em sonhos que me traziam decepções, quando eu acordava para a realidade.

E, com a triste certeza que nada mais teria de motivos para sonhar na vida, criou-se em minha mente o sonho derradeiro: A última vontade que sente, quem ama a vida e não é correspondido por ela.

E, daí, que o meu derradeiro sonho, minha última vontade, é sair deste deserto. Dar adeus a ingratidão do m undo. Não mais sofrer injustiças e discriminações. Não mais sofrer o preconceito e a indiferença do mundo.

Não mais sentir o desprezo da minha amada. Não mais conviver com a falsidade dos meus “amigos” e viver num mundo novo, onde só haja amor e paz, o verdadeiro mundo de Deus.

Então, eu terei chances de conversar com Deus e pedir pelos entes queridos que, aqui, ficaram,
rever parentes e amigos que se foram e saber como está o meu pai.