Fazendo-me Lua nova na aurora de tua vida.
Minguante nos teus dias de solidão...
Cheia nos dias de prazer e poesia.
E crescente para o teu dia encantar.
Amo-te,
Como a criança que não conheci,
A pedir pela ternura do colo materno.
No adolescente que foste gritando por atenção e amor.
Na rebeldia, com que desafiavas tudo e todos.
E, no homem de agora, fiel as suas verdades.
Amar-te-ei,
No crepúsculo de tua vida,
Quando os cabelos começarem a rarear,
E o prateado se instalar.
Quando teus passos se tornarem trôpegos...
E a memória começar a falhar.
Amar-te-ei...
Porque estarás completo...
Como a fruta madura...
Experiente pelas lições do tempo...
Doce, pela brandura das lições aprendidas.
Sereno pela paz oriunda da fé.
E grato pelas bênçãos da vida.
Amar-te-ei, por tudo isso...
E, além de tudo...
Pela doçura com que me tens...
Por todo amor refletido nos teus olhos.
Enfim...
Amar-te-ei...
Porque te pertenço desde sempre.
Desde o inicio do mundo...
Quando a lua mudava suas fases.
E as estrelas contemplavam o céu...
Apaixonadamente!
Vera Beaucamp (LuBeau)