E onde está escrito que a sensibilidade deve ficar contida? Não!
Sensibilidade é líquida, escorre, perfuma, desliza e lava a alma e o
coração...precisamos arrombar essas portas sempre fechadas que decretam:
homem não chora! Homem que é homem, é duro, valente, não chora. Isso é
coisa de mulher! Pois que seja! Que seja coisa de mulher, que a mulher
ensine ao filho. Ensine a benção de se derramar quando for preciso, de
compreender que as dores não precisam ser sufocadas...que não
precisam virar ódio. Não precisam amadurecer em violência, tampouco
involuir em depressões. Seres humanos sentem. Sofrem. Desabam às
vezes...mas com a dignidade da leveza se levantam. Com a coragem da
humildade se refazem. Homem chora sim. Mulher chora sim. E riem
depois... irmanados, cúmplices, fortes. Tem que ser muito forte para ser
sensível. Tem que ser muito macho!
Tudo demais é veneno...e de menos é doença.
Equilíbrio é a chave. Não importa o sexo.