Não sei se tu gostas de cartas, mas essa Carlos Drumond De Andrade escreveu pra filha dele, em 7 de fevereiro de 1950. É assim:
"Escreva, minha filha, escreva. Quando estiver entediada, nostálgica, desocupada, neutra, escreva. Escreva mesmo bobagens, palavras soltas, experimente fazer versos, artigos, pensamentos soltos, descreva como exercÃcio o degrau da escada de seu edifÃcio, escreva sempre, mesmo para não publicar e principalmente para não publicar. Não tenha a preocupação de fazer obras-primas, que de há muito eu já perdi, se algum dia a tive, mas só e simplesmente escrever, se exprimir, desenvolver um movimento interior que encontra em si próprio sua justificação." É isso.