Está tudo bem pensar em parar e não ter certeza, parar pra pensar e preferir manter a dúvida. A vida é isso: Se perguntar a cada dia se o que fizemos está certo, se o que está certo é o que todo mundo faz (Nunca é). É fazer um texto no fim da noite que sirva de descanso pro seu próprio peito, dizendo: Você não tem medo, o que há pra temer? E não saber a resposta porque o mundo todo é pesado demais, gira rápido demais e é tão pequeno que se esconde por detrás das pálpebras de quem já dormiu e respira lentamente o infinito. Tudo bem se sentir sozinha quando está tudo tão cheio de gente, tudo bem se sentir cheio de tanta gente dentro do peito também. Não se culpe pelo que há por aÃ, mesmo que pareça necessário pedir perdão ao universo por ocupar esse espaço aqui e agora. Afinal, não tem ninguém que não tenha muito medo dessa ampulheta universal e impessoal (O aqui e o agora), pois existem coisas que simplesmente não podemos tocar com os dedos ou dizer: Vai passar. Esses cataclismas Ãntimos que nos consomem, esses medos acumulados debaixo da nossa coragem diária. E no fim do dia a gente tenta prometer: Amanhã será um dia mais forte. Não para vencer todos as questões existenciais e substanciais, mas para enfrentar com mais coragem o descer contÃnuo das areias do tempo. Está tudo bem achar confuso a gravidade terrestre que nos prende ao chão, a gravidade dos nossos pensamentos agudos alçando voo. Está tudo bem errar ou achar tudo errado. No fim, a vida é sobre crescer, amadurecer, ressignificar, desconstruir (Dói na maioria das vezes, mas não tanto quanto não tentar).
— .(Escrito dia 13/08/2024, ás 15:38).