Era um país muito engraçado, não tinha escola, só tinha estádio.. Ninguém podia protestar não, porque a PM sentava a mão. Ninguém podia ir pro hospital, porque na fila estava um caos. Ninguém sabia reclamar não, porque faltou educação. Mas era feito com muito esmero, país dos bobos, saúde 0!
Acho muito admirável toda essa manifestação política, mas apenas pelo seu lado pacifista. Acho que seria até um clichê falar que o Governo é o reflexo da sociedade, quase uma hipocrisia exigirmos de políticos e representantes ações que nós, quando as praticamos da forma correta, o fazemos por peso na consciência ou algo que as deixe forçadas e não naturais. O problema dos extremismos é que existem duas alienações nessa história, uma por parte dos famosos "Almofadinhas", que se preocupam com seus ingressos vip e camarotes selecionados, sem entender ou querer entender sobre a máquina que estão inseridos; E os sensacionalistas, que mergulham tão profundamente em questões - Teoricamente - Sociais que não enxergam seus próprios defeitos. O que quero dizer é que ninguém percebe que, "Para mudar o mundo, é necessário que nos mudemos primeiramente". De que adianta bradar e brigar por algo que só irá funcionar se cada um fizer a sua parte, sem fazê-la? Você realmente acha que sair por aí se dizendo o defensor das boas causas te faz melhor que outro? Só acho que devíamos fazer muito mais do que pedir. Admiro todas as manifestações que estão ocorrendo pelo caráter que elas têm passado: A não violência pode sim conquistar o que almejamos; Como um texto que postei anteriormente, senão me engano foi uns dias atrás, eram pessoas com flores nas mãos, sentadas no chão, sendo bombardeadas como se estivessem atacando a integridade de algo. Foi sim, aterrorizante, mas "Quem tem medo de sofrer, não merece o melhor da vida". E, acima disso, quem enxerga o sofrimento do outro e estende a mão sem medo de perder algo, esse sim, merece o respeito da vida. Mudar é difícil e exigir é fácil, cabe a cada um saber o momento de defender tais princípios e saber que só conquistamos algo que acreditamos: Se queremos nossos direitos, vamos dar o direito aos que andam ao nosso lado.