Por qual motivo se tornamos poetas? Já me questionei demasiadamente em relação a isto. Em uma noite enluarada, lá estava eu em um parque conversando com um moço de velha idade, mas com um coração de criança. Percebi isto ao decorrer de nossa prosa. Conversamos sobre diversos assuntos como: A mudança de tempo, sobre o governo, sobre os estudos.. Até que então chegamos ao assunto de escritos, que se relaciona, aos poetas e escritores. Ele me confessou que era um desconhecido poeta e ainda continuava sendo. Fiquei interessado sobre o assunto e com grande curiosidade comecei a fazer perguntas sobre. Com grande entusiasmo ele relembrou a sua adolescência, tempo em que resolveu experimentar a “Dose do poeta”. E desde este experimento, se apegou a escrever, e criou planos em se tornar um grande poeta reconhecido. Mas a partir dai seus olhos se encheram de lágrimas e com os olhos escorrendo, disse: “— O problema meu jovem, é que nem sempre nos reconhecem. É difícil se instalar neste mundo de soberba. Eu tinha mil e umas poesias e escritos guardados em minha mera gaveta, eu as mostrei a uma editora, mostrei tesouros, isto mesmo tesouros, nas quais nunca mostraria a ninguém. E eles me recusaram, me rebaixaram.” Perguntei então, porque ele continuava escrevendo, se o seu sonho era ser reconhecido como um grande poeta e não poderia ser. Então, ele me disse, que “O motivo de sermos poetas é escrever nossos sentimentos, mesmo que não leiam, mesmo que não achem algo bonito e inspirador. Porque nem sempre as dores são bonitas.”