Aos mendigos de rua, dignos do meu respeito. Homens, mulheres, crianças, todos eles pedintes de uns trocados. Ainda hoje vi uns destes no centro da cidade, tive uma comoção tão imensa que não poderia e nem vou por no papel, uma mãe, com duas filhas pequenas no colo. A maioria das pessoas que passavam na calçada lamuriante que se encontravam nem se atinam para tal situação deprimente. Um aperto no peito se instalou em mim, nada poderia fazer no momento, quando os vejo tenho pena, mas, no entanto lembro-me do que o Vovô dizia “Alguns são carentes, necessitam de cuidados, mas têm outros que se aproveitam de otários como eu para ganhar algumas moedas”. Como vou saber diferenciar o caso simplório do caso vigarista? O mundo se torna um imenso navio de vigaristas, no qual os homens de bens estão pelo último fio de vida, presos na proa do navio.