Símbolo do imaginário da Idade Média, passou de título
de nobreza e figura essencial no campo de batalha a um ideal romantizado,
exercitado em torneios e popularizado graças aos contos de cavalaria.
Para um cavaleiro medieval, perder um cavalo significava desespero.
Além do alto custo de adquirir um novo animal de boa linhagem
com todos os equipamentos necessários, a cavalaria era,
por volta do século 12, intimamente associada à nobreza -
ou seja, lutar a pé era uma evidente perda de status. Por isso,
compreende-se o apelo angustiado do rei inglês Ricardo III:
“Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!”, ele repetia,
ao perder sua montaria durante a Batalha de Bosworth,
em 1485 - e a fala está na peça Ricardo III do dramaturgo
inglês William Shakespeare. Dá uma boa idéia do que
representavam o cavaleiro e a montaria na Idade Média.
Eram fundamentais nos combates. Alguns viraram lendas
pelas atuações nas batalhas e nos torneios de cavaleiros,
outros foram idealizados em contos, livros e peças como a de Shakespeare.
Nao mudou muito, agora é o carro que substituiu cavalo, coitadinho ainda bem.