Os vórtices são denominados "super grandes" redemoinhos de água que absorvem tudo que passa em volta deles.
Os vórtices oceânicos são matematicamente iguais aos buracos negros do universo, ou seja, de acordo com a Teoria Geral da Relatividade, um buraco negro é uma região do espaço da qual nada, nem mesmo objetos que se movam na velocidade da luz, podem escapar.
No caso dos vórtices, são eles os responsáveis por bolsões de águas quentes durante invernos europeus e águas frias na costa brasileira de tempos em tempos, pois carregam uma “gota d’água gigante” de uma área do oceano Atlântico para uma outra parte dele. Vórtices são formados, a grosso modo de explicação, por pedaços de água que, por alguma razão desconhecida, se desprendem e saem girando independentemente pelo oceano, ignorando as correntes maritmas e tocando o terror por onde passam, sugando tudo que flutua (exceto a própria água). Eles podem durar até dois anos, ainda que a maioria se dissipe em alguns meses.
Cientistas do Swiss Federal Institute Of Technology e da University of Miami analisaram os vórtices oceânicos por satélite para tentar descobrir um padrão de comportamento e uma forma de prever por onde, quando e como eles passarão. Os estudiosos descobriram, então, que identificá-los é como tentar encontrar um buraco negro no espaço: é preciso seus “limites geográficos”.
Os redemoinhos gigantes também funcionam como “taxis aquáticos”, porque dentro deles a água é bastante estável. Microorganismos conseguem se proliferar bastante nesse ambiente e viajam de um lado para outro no oceano, assim como óleo, lixo e mesmo água com temperatura e concentrações de sais que podem diferir da água do lado de fora do vórtice. Ao identificar suas “fronteiras”, é possível acompanha-los por satélite, tentar entender suas rotas e, quem sabe, prever com mais precisão o espalhamento de vazamentos de óleo no oceano, o transporte de águas quentes para o norte ou a presença de cardumes de atum, por exemplo.