O topo da montanha
Chego ao topo da montanha,
Liberdade, espaço, flutuar d´alma.
Estou distante, não vejo os vales,
Nem as colinas, cobertas pela bruma.
Mar de silêncio,
A cobrir a imensidão verde.
Mãos do esquecimento,
Tudo apaga tudo esquecem.
Fantasmas brancos, alvas nuvens,
Nimbos de verão.
Entardecer vermelho,
Negro anoitecer.
Raios em prata, luar.
Gotas de cristais, reluzentes,
Em manto negro.
Música, ondas, acordes, sons do mar.
Trigal,
Campo ausente de vozes humanas.
Canção da imortalidade ouve.
Indignações da alma,
Não choro o ocaso.
Sorrio...
Estendo-me sobre o verde.
Rego o vale com lágrimas,
Gotas que um dia, doce salgadas,
Escorreram de alegria.
Ana Maria Marya
23/12/2007
Ita/Ba/Brasil