Tão branca de luar — doce magia...
A carícia da brisa torna a cena,
Num requinte envolvente de poesia.
O azul do céu de uma beleza extrema
Povoado de estrelas irradia,
E qual o encantamento de um poema
Faz palpitar sutil melancolia.
No Coração da mata um mocho pia
Rompendo a solidão num tom dolente,
Como um canto de amarga soledade.
E o coração da gente silencia
Porque mais alto que sua voz ardente
Fala a voz merencória da saudade.
Bernardina Vilar