Nossas manhãs...
Estivemos a matar desejos,
a derrubar anseios, a saciar vontades.
Enchemos nossas vidas de carinhos
nossos corpos de prazer,
nossas almas de ternura.
Horas de amenidades...
Nossas manhãs são páginas coloridas,
poços de sensibilidades,
abismos de afetividades.
Passagens de loucuras, amor e paixão.
Estivemos juntos, a provar doçuras,
a fazer travessuras,
enquanto o mar nos vigiava,
com seu ir e vir intermitente,
ouvindo o vento soprar
quimeras de uma ausência eminente.
Repartimos abraços, atamos nossos laços,
de um querer interminável.
De um desejar bruto, quase selvagem.
Expulsamos distancias,
êxtases de presença.
Enlouquecemos sentidos,
queimamos nossos corpos,
saciamos nossas vontades.
Intensificamos nosso amor,
cultivamos mais uma saudade.
Ana Maria Marya
Ita/Ba/Brasil
2003
Canto da Poesia