a casa antiga, Vazia.
Sintonia de um passado,
ecos de um ontem,
jardim onde me vejo,
sinto-me...
como se lá estivesse.
Conexão perfeita!
Lembranças vivas,
ainda bem coloridas.
Janelas entreabertas,
bouganvilles floridas,
momentos adormecidos,
jamais esquecidos.
Sinos festivos, flores amarelas,
rosas singelas, antúrios, junquilhos.
Memória que tudo guarda, lembra.
Trevos, pássaros, estrelas, aquarelas,
olhos baixos, surdo pranto!
Vida de menina, Gente que já se foi...
Dói...
Vida Que Passou.
A Vida Passa!
Quantas recordações...
Juventude, segredos escondidos,
sob flamboyans floridos.
Beijos temporais, atemporais,
sustos, relâmpagos,
Nada demais!
Aroma gostoso, cheiro de café...
Invade-me grande tristeza,
desassossego antigo, novo.
Longas tardes, segredos,
chegadas, Jamais Partidas!
Risos, sorrisos, espanto,
conversas diversas,
correrias, festas, fantasias,
alternam-se em minha mente.
Coisas mínimas, Pranto! Alegrias!
A entristecer-me no soprar do outono.
Adolescência...
Fragilidade vacilante!
correr, sorrir, viver!
Sonhar, ternura, mãos entrelaçadas,
agitos, danças, rodopios.
Harmonia perfeita!
Desfeita...
Casa Nua! Vazia!
Saudade!
Vida delineada, limitada.
Renovação. Coragem. Passagem!
Implacável Tempo!
Travessia, falhas, medos, chuvas,
Ecos Estranhamente Divinos.
Impenetrável Mistério!
Lembranças!
Maço de saudade.
Recordações!
Quem diria que um dia,
Tudo Mudaria...
®Ana Maria Marya
13/03/2009
Ita/Ba/Brasil
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