Paralela, e resignada.
A cobrir o rosto,
frágil, e machucada.
Não me podes ter em tua vida.
deixaste-me quando ainda Primavera.
Grito-te, Paixão!
Escrevo teu nome nas areias da praia,
desespero, limite da minha mão, Verão.
Quero que me carregues,
nos sonhos, não existe tempo,
ausência, sede, fome, dor...
Sinto-me terra seca,
a esperar os pingos da chuva,
como carícias de amor...
Vida sem vida,
vida sem emoção.
Agora, apenas o tormento,
Música ao vento, dor, sofrimento.
Retorno impossível, caminho perdido.
Momentos que jamais voltarão.
Quisera te inflamar com carinho,
cores brilhantes, minha pele,
na palma da tua mão.
Tua respiração, batidas do coração.
Dias vividos, decorridos, Inverno.
Sofreguidão, absolvição.
Gotas de vida.
Apenas, solidão...
®Ana Maria Marya
19/07/2006
Ita/Ba/Brasil
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