tento espairar, caminhar,
peito flamejante, latejante,
gritos d´alma, preciso acalmar.
Tristeza...
sorrir apenas exterior.
Corpo a absorver indomável torpor,
bosques floridos, jamais esquecidos.
Amanhecer, brisa, carinho, frescor.
Condição natura, gosto salgado, Mar.
Brasas da paixão, realidade, Vida!
Caminhar, energia, sentir pulsante.
Pegadas únicas!
Meus próprios pés!
Dor profunda, procura, quase loucura.
Palavras, sinto-as pulsar!
Transcendo espaço, sou éter. Flutuo.
Vento forte, varre, murmura,
geme, canta, destrói, constrói.
Sinfonia do tempo.
Dou-me conta. Não és presente.
Palavras... ausente!
Corpo em brasa, febre do amar.
Desejo do sentir, toque do possuir,
acarinha, vem meu rosto beijar.
Segues um outro caminhar.
Ausência golpeia, fere, dói.
Transponho distância, tempo,
transformo dores em prece,
separações, reencontros,
ciclos convergentes, divergentes.
Murchas flores, linhas traçadas, destino.
Entorpeço o pensar.
Palavras... Sonhar!
Brisa abraça meu corpo. Aconchego.
Rota a seguir. Itinerantes, viajantes.
Ramos sem folhas, pessegueiro, flores,
sentir inquebrantável, indelével.
Companhia amena, noite estelar.
Palavras... envelhecidas pelo tempo,
Perfume do amor ainda a exalar...
-Vou encontrar!
®Ana Maria Marya
10/03/2010
Ita/Ba/Brasil
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