Sou aquela criança,
em foto, sentada no jardim.
As pequeninas flores,
já sorriam para mim.
Os galhos do chorão,
abrigavam meu brincar,
alegria de menina,
que corria pelo chão,
conchinhas do mar a pegar.
Passarinhos cantavam
lembro-me com vagar,
frescor da inocência,
a crescer docemente,
com alegria no amar.
Sou filha da terra,
de ninguém diferente!
Sou fragmento,
maioria de um querer sedento!
Caridade, justiça, alimento.
Um povo com amor,
sentimental, sofredor.
Cresci... muito sonhei.
Conheci primaveras,
Vaga lumes, beija-flor.
Outonos, verões quentes,
invernos, frios de amor.
Conheci tormenta,
sobrevivi calmaria.
Forte, venci doença,
sem esperança, quem diria.
Sonho, ternura, ventura.
Ilusão... paixão... candura.
Na fresca aurora, um amor aflora.
Mágica luz deslumbra-me o despertar.
Teu semblante, meu sonho.
Meu chorar, meu sorrir!
Meu acordar, meu dormir!
Mulher, menina, criança!
Fragmentos, Vida!
Sou eu!...
®Ana Maria Marya
20/10/08
Ita/Ba/Brasil
Canto da Poesia
>