“Mulher indiana sofre e a sua consciência tortura-a”
Na Índia, o nascimento de crianças do sexo
feminino é um desastre para a família, incluindo
para a própria mãe, para a qual, pior do que
as dores do parto, é o fato de saber que deu
à luz uma menina. Os olhares, vozes e gestos
dos membros da sua família e comunidade são
de repúdio, consternação e incúria. Muitas
parturientes de meninas são negligenciadas,
maltratadas e, inclusivamente, abandonadas
pelos seus maridos.
De acordo com a UNICEF, o distrito de
Shravasti constitui a pior região indiana
para nascer mulher. No “Global Gender Gap
Report 2007”, a Índia ocupa a 114ª posição,
num conjunto de 128 países:
a igualdade na educação, a saúde e a economia
são muitíssimo débeis no país.
Para a sociedade indiana, a mulher representa
um pesado encargo financeiro, uma vez que,
aquando do casamento, a família da noiva terá
de efectuar o pagamento do dote.
Na verdade, o sistema tradicional do casamento
indiano determina que “as mulheres deixam
a casa dos seus pais permanentemente no
dia do seu casamento” para integrar o núcleo
familiar do seu marido, acompanhadas por
um “montante significativo”.
Não obstante a ilegalidade do dote –
desde 1960 –, este é uma prática corrente
entre os indianos, e fundamente nefasta para
a mulher. Nela, vêem somente o dispêndio
de cifrões em vez da sua identidade própria,
confinam-na ao menosprezo e à segregação,
cerceiam os seus direitos fundamentais.
“Ouço-as gritar dentro de mim:
mamã não me mates!”
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