Memórias
Eu deixei na poeira das estradas.
Por sobre o po que cobriu os meus caminhos.
Um conjunto de moléstias mal curadas,
Cataclismas de paixões em desalinho.
Neste enredo de histórias mal contadas,
Qual Quixote no combate a seus moinhos,
Eu passei por incontáveis madrugadas
Sob efeito de aguardentes e de vinhos.
Hoje velho, sobrevivo sem confôrto,
(Na verdade não tenho onde cair morto)
Mas meu íntimo ironicamente rí
Ao saber que muitos ditos milionários
Ao exporem os seus bens de modos vários
Não viveram um terço do que viví...
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