Solidão a dois
A gente as vezes ama tanto alguém.
Se sacrifica, se doa, se entrega.
Passa os limites que o bom senso tem
Numa incursão desordenada e cega.
E nesta coisa de não se ver bem.
Na insanidade que o amor carrega,
Nos esquecemos pra servir a quem
Apenas nos maltrata e nos renega.
Pra desvendar do amor os seus segredos
É necessário ver que velhos medos
Precisam e devem ser enfrentados
E crer que a solidão que mais castiga
É aquela que se impõe e nos obriga
Alguém sempre distante a nosso lado
Jenario de Fátima