Pois é – retornou a Crença – eles permanentemente inovam as suas regras e ensinamentos; ora, se expressassem eles realmente a verdade, não poderiam e não precisariam fazê-lo, por não ser necessário e nem mesmo possível de serem modificados. Os conceitos e regras que eles dispõem como perfeitos evidentemente não o são, posto que o que já é perfeito não cabe modificar.
Mas eu não sou essa inútil que me querem transformar, pois, se quisessem, os homens poderiam conquistar a real crença, aquela que emanaria de uma convicção. Mas, para serem convictos, precisariam adotar uma postura totalmente oposta a que estão exercendo, teriam que partir de uma determinação íntima de entenderem a tudo o que está ao seu redor, ou seja, o universo de seu mundo perceptível.
Se houvesse uma crença convicta quanto a uma ideologia política, por exemplo, como se poderia explicar ou aceitar as repentinas e convenientes alianças de partidos oponentes? É claro que não há convicção nessas rápidas transformações, e quanto ás regras e ensinamentos e costumes das religiões, por que se metamorfoseiam tanto? Necessitam faze-lo, pois há interesses em conquistar, com modernismos, o maior número de adeptos. Se estão se transformando, é porque não são definitivos, verdadeiros, definidos e corretos, é lógico.
A natureza, em sua permanente, imutável mesmo, movimentação uniforme, é absolutamente previsível, expressa as Leis que determinam o harmônico funcionamento de tudo o que lhe concerne. Por que os homens não buscam a real crença, a partir de uma convicção que poderiam objetivar, através da observação atenta dessas Leis?
Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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