E o Cordeiro permitiu-se imolar
Abriu os braços, deixou-se pregar
Perdoando a chibata
E a dor dos espinhos...
E o Cordeiro imolado
Com o coração transpassado
Derramou-se em vinho
Sobre as dores do mundo
Fecundando o Caminho
Dos filhos da terra
Dos filhos do Pai...
E o Cordeiro carregou consigo
O que jamais trouxe
O que nunca plantou
Subiu nos braços de Deus
E prometeu reverter
Pois, de Lá
Voltaria em breve
Na Semente Santa do Espírito
Para que a terra, finalmente,
Conhecesse a Flor
O aroma da Paz
E que os Homens
Para sempre
Saciassem a Fome
Com o Fruto do Amor...
(Val)
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