DIFERENTE DAQUI
Que os poetas dancem pelas ruas...
Que os versos se quebrem
E as rimas se espalhem pelas calçadas...
Quero muito o som de gaitas ou de asas de gaivotas.
Quero seguir sem nada e abraçar tudo, tudo, tudo
O que ontem perdi sem entender o adeus.
Quero colorir as sombras de dentro de mim
Com as cores de um sorriso cigano,
Mundano e também virgem, suave e menino.
Quero cantar para o sol o hino da minha felicidade
E, da realidade, quero o ‘não’, jamais um ‘sim’.
Quero quebrar os vidros com um canto de sereia.
Pisar areia e correr e, correr até sempre,
Lambuzar de sal o ventre no ventre do mar ...
E, amar, amar e só amar...
Quero estar no espaço e momento do meu sonho e buscar
Sementes de brisa e encantos de raios
De pôr do sol descansando...
Quero tanto e tudo tão diferente daqui...
(Val)