(Silvio César)
Eu sou um livro aberto sem histórias
Um sonho incerto sem memóriasEu sou um porto amigo sem navios
Do meu passado que ficouUm mar, abrigo a muitos rios
Que já viveu muito
Eu sou apenas o que souEu sou um moço velho
Que já sofreu tudo
Mas não morreu tudo
E já morreu cedoEu sou um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Eu simplesmente sou um homem
Eu sou alguém livreNão sou escravo e nunca fui senhor
Que ainda crê no amor
Eu sou um moço velho
Que não viveu cedo
Que já viveu muitoQue já sofreu tudo
E já morreu cedo
Eu sou um velho, um velho moço
Que não sofreu muito
Que ainda crê no amor
Mas não morreu tudoEu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem