vem cá, me explica quantas vezes você já sorriu por amar? Me fala quantas decepções você teve? Descreve para mim, quantos amores você jurou eterno, e não conseguiu preservar? Me fala um pouco de você? Me fala o que você acha dessa sociedade alternativa que te cerca? E das pessoas e sentimentos apáticos, você consegue falar?
Porque eu já falei um pouco de mim, do que eu acho, do que eu vejo, geralmente, eu dou uma volta no parque, olho as pessoas discutindo coisas banais, e enchendo a agenda de compromissos dispensáveis, vejo os homens saindo do trabalho para beber um pouco em barzinhos, e umas crianças tão felizes com o pouco que tem, e outras um tanto quanto mimadas, chorando em vitrines porque querem mais um brinquedo, geralmente eu vejo as crianças pedindo aos pais, para ir um pouco ao parque, e eles dizendo que andam muito ocupados, eu geralmente vejo as pessoas amando quando convém, portanto quando aparece outra coisa mais interessante, é hora de pegar aquele amor entregue a garotinha, e sem explicações,leva-lo embora, vejo todos os dias, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de volta. Realmente, quando uma coisa acontece, e vira passado, o melhor a fazer, é deixar ela ir, ficar no passado, ir embora de vez, ou você prefere deixar de viver na esperança que algo retorne? Francamente, se uma coisa não deu certo, é porque não ia dar certo, não adianta crucificar tudo ao seu redor, achando que assim, será melhor, achando que se o seu ex amor, ver que você tem um novo amor, nunca mais ele será presente! Mas e daí? Ele foi presente quando tinha que ser e pronto. O seu ex amor, ah geralmente ele sempre vai fazer você achar que o seu atual, é um lixo, e que se fosse com ele seria bem melhor. E assim continua o mundo, os lixos ainda são jogados no chão, os luxos ainda são mais valorizados que os sentimentos, os olhares, ainda demonstram mais do que palavras muitas vezes, e as pessoas ainda fingem que não veem, a própria vida, declinar...