FONTE: http://sobrenatural.org/
Quando eu me separei tinha 26 anos e morava em Palmeira dos Indios, AL. Meus pais não aceitaram, eu não tinha emprego, não tinha renda, e não tinha apoio; então me obrigaram a entregar meus filhos ao pai, e me expulsaram de casa. Para eles, uma filha separada era sinônimo de vergonha.
Em busca de um novo recomeço, fui para Maceió, passei uns meses na casa da minha irmã, até alugar um cantinho pra mim. Trabalhava em um atelié de costura, era o que eu sabia fazer, e o que faço até hoje.
A casinha era pequena, só um cômodo com banheiro, que eu usava praticamente só para dormir. Como eu estava acostumada com muita gente, chegar em casa e só encontrar a solidão, até aquela pequenina casa se tornava grande e vazia.
Como eu sentia a falta dos meus filhos! Minha mãe até então não falava ainda comigo, naquele tempo, telefone era coisa de rico, então eu fiquei muito tempo sem saber notícias de meus filhos.
E foi em um desses dias de muita saudade que chorei o dia inteiro no trabalho. Minha patroa perguntou o que eu tinha, e eu só dizia "nada", não adiantava falar, ela não podia fazer nada. Cheguei em casa, sentei na cama, e só chorei, chorei, tentando lavar minha alma de toda aquela tristeza e saudade. Chorei muito chamando o nome deles, não sei quanto tempo chorei, só sei que chorei até adormecer.
Dormi, até ser despertada por aquele zuadinha, sabe aquela de uma chave rodando na fechadura? Dai eu pensei: "Deve ser a Neilda que brigou com o marido e veio dormir aqui" (Neilda era uma amiga que tinha uma cópia da minha chave, porque ela pegava minha roupa pra lavar).
A minha cama ficava de frente para o banheiro, encostado no lado da cama tinha um sofá, e de frente pra o sofá ficava a porta, e eu estava deitada de lado, de frente para o banheiro e de costas para a porta. Quando eu tentei virar, não consegui. Fui tomada por um pavor, a porta rangeu como se alguém a tivesse aberto, e depois bateu como se tivesse fechado. No que ela fechou, um calafrio tomou conta de mim, começando pelos pés, até a corôa da cabeça, e eu sentí que meus cabelos ficaram todos em pé, e meu coração batia em disparada.
Eu continuava fazendo força para tentar me virar e não conseguia, estava estatalada, e mesmo sem ver, me veio à mente: "É Helio!" Hélio é meu irmão, que estava falecido há uns cinco anos.
E mesmo sem ver, eu senti aquela presença vindo na minha direção, uma presença forte e fria, e eu senti que ele se colocou de joelhos no sofá, se apoiou sobre ele, e se inclinou sobre mim, segurou o meu braço e falou:
- Dinha?
Mesmo depois de todo o tempo de falecido de meu irmão, eu reconheci a sua voz. Era a voz de Helio! De meu irmão! Será que ele veio me consolar?
Eu não sei, só sei que pela minha fé, os mortos não voltam, e foi por essa convicção que tirando forças de onde não tinha, eu gritei:
- O sangue de Cristo tem poder!
E aquela mão gelada soltou o meu braço, de forma muito rápida, como se tivesse sido queimada. Eu senti que podia me mexer de novo, me sentei na cama, e fiquei orando sentada, até amanhecer.
E quanto ao meu braço, eu passei muitos dias sentindo o lugar que ele segurou, gelado, como se uma pedra de gelo estivesse encostada nele.
A minha petroa disse que meu irmão queria me dizer alguma coisa.
Eu acredito que o diabo queria se aproveitar de um momento de fragilidade que eu estava passando pra me iludir.
E você, o que pensa disso?
Quando eu me separei tinha 26 anos e morava em Palmeira dos Indios, AL. Meus pais não aceitaram, eu não tinha emprego, não tinha renda, e não tinha apoio; então me obrigaram a entregar meus filhos ao pai, e me expulsaram de casa. Para eles, uma filha separada era sinônimo de vergonha.
Em busca de um novo recomeço, fui para Maceió, passei uns meses na casa da minha irmã, até alugar um cantinho pra mim. Trabalhava em um atelié de costura, era o que eu sabia fazer, e o que faço até hoje.
A casinha era pequena, só um cômodo com banheiro, que eu usava praticamente só para dormir. Como eu estava acostumada com muita gente, chegar em casa e só encontrar a solidão, até aquela pequenina casa se tornava grande e vazia.
Como eu sentia a falta dos meus filhos! Minha mãe até então não falava ainda comigo, naquele tempo, telefone era coisa de rico, então eu fiquei muito tempo sem saber notícias de meus filhos.
E foi em um desses dias de muita saudade que chorei o dia inteiro no trabalho. Minha patroa perguntou o que eu tinha, e eu só dizia "nada", não adiantava falar, ela não podia fazer nada. Cheguei em casa, sentei na cama, e só chorei, chorei, tentando lavar minha alma de toda aquela tristeza e saudade. Chorei muito chamando o nome deles, não sei quanto tempo chorei, só sei que chorei até adormecer.
Dormi, até ser despertada por aquele zuadinha, sabe aquela de uma chave rodando na fechadura? Dai eu pensei: "Deve ser a Neilda que brigou com o marido e veio dormir aqui" (Neilda era uma amiga que tinha uma cópia da minha chave, porque ela pegava minha roupa pra lavar).
A minha cama ficava de frente para o banheiro, encostado no lado da cama tinha um sofá, e de frente pra o sofá ficava a porta, e eu estava deitada de lado, de frente para o banheiro e de costas para a porta. Quando eu tentei virar, não consegui. Fui tomada por um pavor, a porta rangeu como se alguém a tivesse aberto, e depois bateu como se tivesse fechado. No que ela fechou, um calafrio tomou conta de mim, começando pelos pés, até a corôa da cabeça, e eu sentí que meus cabelos ficaram todos em pé, e meu coração batia em disparada.
Eu continuava fazendo força para tentar me virar e não conseguia, estava estatalada, e mesmo sem ver, me veio à mente: "É Helio!" Hélio é meu irmão, que estava falecido há uns cinco anos.
E mesmo sem ver, eu senti aquela presença vindo na minha direção, uma presença forte e fria, e eu senti que ele se colocou de joelhos no sofá, se apoiou sobre ele, e se inclinou sobre mim, segurou o meu braço e falou:
- Dinha?
Mesmo depois de todo o tempo de falecido de meu irmão, eu reconheci a sua voz. Era a voz de Helio! De meu irmão! Será que ele veio me consolar?
Eu não sei, só sei que pela minha fé, os mortos não voltam, e foi por essa convicção que tirando forças de onde não tinha, eu gritei:
- O sangue de Cristo tem poder!
E aquela mão gelada soltou o meu braço, de forma muito rápida, como se tivesse sido queimada. Eu senti que podia me mexer de novo, me sentei na cama, e fiquei orando sentada, até amanhecer.
E quanto ao meu braço, eu passei muitos dias sentindo o lugar que ele segurou, gelado, como se uma pedra de gelo estivesse encostada nele.
A minha petroa disse que meu irmão queria me dizer alguma coisa.
Eu acredito que o diabo queria se aproveitar de um momento de fragilidade que eu estava passando pra me iludir.
E você, o que pensa disso?