Guardo tua memória esmaecida numa arca
Junto ao diário confidente e bonecas de louça.
Papéis de cartas, selos de meu pai, flores secas
Poemas romanticos e mil coisas de valor,
Embalados em meu apreço puro e sentimental.
O ar não ocupa espaço e tudo é preservado
Minhas lembranças e sonhos de menina...
Tua foto, a relíquia de meu querer adolescente
Doce enlevo, sem meandros, sem final.
Nunca o beijo ou as mãos dadas, apenas os olhos
Consentindo tudo, silenciosamente.
Outros céus chamaram-te e fostes docilmente...
Em minha arca guardo tesouros preciosos
Dentre eles, meu primeiro amor.