NÓ QUE ENTALA
Algo se partiu
Ou foi o vento que levou?
Chuva forte derramou o pranto
Já não se sabe o que sobrou.
Pedaço de carne ferida
Corpo dormente, doente
Chama que teima em queimar
Chamuscando o amor latente.
O olho não vê, só derrama
O pulso não pulsa, só reclama
O nó não desata, entala
A vida não anda, empaca.
O que vem depois, não se vê
Se o sol vai brilhar, só vendo
Que a vida continua, é teoria
Na prática, só o tempo é alento.
*Anucha Melo*
→.●๋♫ کØl ♫●.←