Agora que estamos um no outro
E somos barro e flores
Queria arrancar de ti
Um compromisso de eternidade
Não me peças que eu aceite
O tempo que me resta como benção:
A finitude me apavora!
A incerteza do amanhã
Me leva a delirar
Como um barco apagado
Na embriaguês do mar
Preciso ouvir a terra branda
Ao som dos oboés
A primavera ensaiando
Ressurreições
Ama-me com vida!
Nas litanias dos altares
Na celebração de um beijo
Transcenderemos!
João das Flores