Voa, voa,
Minha linda borboleta
Vá dizer a minha amada
Que sem ela não sou nada,
Nem mesmo um bom poeta.
Diga-lhe que tenho saudade,
De nosso amor de primavera,
Por entre as flores, quem me dera,
Retornássemos àquela realidade.
Fomos dois amantes.
Sob a luz do luar nos amávamos,
Não importava onde estávamos,
E agora ficamos tão distantes.
Leve pra ela o meu recado,
Diga-lhe que já não consigo viver,
Que estou dia a dia, a fenecer,
Neste quadro mal pintado.
Posto minhas mãos numa prece
E pronuncio as palavras da oração
Entrego-lhe junto o meu coração
O qual não mais vive, só padece...
Marco Orsi