Muitas das vezes, paro a pensar nas lutas do dia dia, e recordo das grandes guerras mundiais, da tal Santa Inquisição, e dentre outras que assolaram a humanidade. E busco dentro de mim algo que justifique tamanha atrocidade entre iguais, e me deparo sempre com o silêncio; uma interrogação inefável acompanhada de uma sensação de inércia que se refleti por toda minha alma. Porém mesmo que não haja mais a Guerra Fria, e que Hitler tenha virado húmus, será que ainda não vivemos em guerras, lutando contra a diferença religiosa, que todos deveriam ser brancos, ou que o perfil perfeito de família é papai, mamãe, filho e filha?!
Por que será que temos tantas guerras interiores, buscando um culpado sem que veja que está diante do espelho. Pego-me em diversas questões que gostaria de falar, porém sempre continuará a pergunta que não quer calar, por quê preciso fazer guerra com aquele que é tão humano quanto eu!?
Perdemos tempo com tantas lutas, e deixamos de ver o melhor no próximo, apenas querendo ser o melhor na batalha pelo polisition, como o funcionário do mês, ou o mais popular da escola; se somos todos seres humanos, vivemos no mesmo biosistema, qual a dificuldade de dividir, para que não haja fome, ao invés de apontar um culpado para toda essa escassez. Sinto-me tão longe de ver um mundo em todas as cores, que unidas formam outras mais cores, e estas ainda assim misturam formando uma gama infinita de possibilidades. Destronando um mundo em preto e branco, onde nada pode ser diferente, que todos precisam ter a mesma altura, falam o mesmo idioma, creem no mesmo Deus, possuem a mesma etnia. Se tudo tivesse que ser em preto e branco, por quê eu enxergo as cores?