No cômodo a vela em luz
Reflete-te na parede sem voz.
Os longos tecidos que voam com a brisa
Vindas das estrelas, do luar
Também te fazendo nobreza!
Como canção
O mar sempre dançarino
Tingindo na praia teu eco inquieto,
Soltando-te em longos sussurros
Oriundos do âmago, do solo
Sempre semeando teu êxtase!
Feito flor no amanhecer
Abre-te em pétalas rosadas,
Intuindo em cada gole um sabor de embriaguez,
Colorindo-te nos belos alvéolos
Extraídos d’alma, da quimera,
Primavera anuncia tu!
Nos lábios
O sabor ofegante do amor
Desenhando o mapa do prazer,
Lavando-te entre prismas alucinantes
Desnudos no olhar, no cavalgar
Que plana, que viaja em emoções!
Auber Fioravante Júnior
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