Um velho fazendeiro japonês havia acabado de colher uma safra de arroz que o deixaria rico.
De seus campos ele podia contemplar, do alto, o vilarejo que se encontrava à margem do oceano.
Olhando para o mar ele percebeu a aproximação de uma grande onda que, chegando à praia, destruiria a aldeia
e seus moradores.
"Traga-me rápido uma tocha, gritou ele para o neto.
" Logo a seguir, correu até as pilhas de arroz ateou fogo.
Sem saber sobre o perigo que corriam devido à subida da maré, mas preocupados com os campos do fazendeiro,
os aldeãos correram apressadamente para ajudá-lo e, assim, salvaram suas próprias vidas da morte.
Duas demonstrações maravilhosas de amor e solidariedade.
Um fazendeiro que renuncia à riqueza para salvar pessoas com quem, talvez, nem tivesse qualquer vínculo de amizade
e pessoas humildes que, solidárias, deixam tudo para trás e oferecem as mãos e o coração para socorrer um vizinho
em apuros.
Como nós, cristãos, temos lidado com o amor ao próximo?
Temos sido capazes de renunciar a alguns de nossos interesses em prol de alguém que, no momento, depende de
uma mão estendida ou um ombro acolhedor?
Temos praticado o ensino de Jesus que nos mandou "amar ao próximo como a nós mesmos?"
Quando o egoísmo invade nossos corações e nos induz a pensar apenas em nós mesmos e deixar de lado todos aqueles
que nos rodeiam, podemos até alcançar sucesso, riqueza e poder, mas, dificilmente, poderemos gozar da paz e da
felicidade que tanto o fazendeiro como os moradores do vilarejo de nossa história experimentaram naquele momento
de grande libertação dada por Deus.
Mais valiosa do que a conquista dos bens materiais que durarão apenas certo espaço de tempo é a vitória do amor
que durará para sempre.