Abro a janela
e deixo o sol
entrar,
uma brisa fresca
invade toda a casa.
O jornal de ontem
está no mesmo
lugar,
a louça na pia
ainda está por lavar.
O som está ainda ligado
passou a noite
toda
tocando músicas
para ninguém ouvir.
Preparo um café
daquele tipo
instantâneo,
passo a manteiga
em um pedaço
de pão duro.
Visto uma roupa,
foi difícil
escolher,
a maioria estava suja
ou ainda por passar.
Olho para cama
um travesseiro só,
não
existe ninguém
para comigo acordar.
escuto o soar
da campainha,
vou
atender
é a moça diarista que chegou,
veio a minha casa vazia
arrumar,
outra vez, cheirosa, limpa
com tudo no lugar,
ela vai
ficar,
que pena!
a casa vazia vai continuar,
sem saudades de
você,
Sem esperanças de lacunas preencher,
continuará vazia sem nada
esperar,
nem você!...