Sincero
Até que todos os passos se cansem
E todas as palavras revelem o verdadeiro sentido
Até que todos os versos se tranquem num silencio abismal
E o sono seja desperto aos que adormeceram em medo
Quando os sinos anunciarem a verdade de todas as coisas
E cada voz entre os pinhais sussurrando me chamarem
Pelo nome e pela musica
Até que eu ouça a musica da voz silente entre as pedras
Até que saia o grito de sua alma
E até que tua alma encontre a minha alma
A tua verdade entre porta adentro a minha verdade,
E todas as nossas verdades deixarem de serem dúbias
Eu apenas respiro em mim mesma o sonho do teu afeto
E do desafeto que os homens me oferecem em taças
Como fosse vinho, mas é sangue!
Vertido dos olhos lúcidos e embriagados da verdade
Que garimpo da mentira
Até sentir o calor do sol congelado
E sentir ao menos uma partícula de sinceridade!
Claudia Morett(Zingara)
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