EM TEMPO
Ouço longe o mar chamando o vento
E ouço as vozes ancestrais dos que se ocultam
No limite dos tempos
Fatalmente instigo a orgia entre os mundos
E analiticamente me confundo com o fundo
Dos precipícios que nascem desde o inicio
Em minha alma poeta um ninho quente
Um doce farfalhar de seda entre os olhos
Um véu entre o medo e a coragem
Apenas me dispo da outra imagem
Da outra e da outra
Até me tornar eu mesma
Aquela que mora dentro
Do avesso
No avesso
Inverso é meu pobre verso
Sobre o que me move
Num universo entre mim e eu mesma.
Apenas inspiro aos alheios
Um sonho real demais
Uma forma velha de renovar os olhos frios
E aquecer o corpo entre tantas vidas,
E esquecer o que não se convida
O que trai a natureza humana
E respirar sempre até os olhos
Cantarem a luz silente dos cometas.
→.●๋♫ کØl ♫●.←