é assim que os hacktivistas conhecidos como Anonymous
se definem. Pouco se sabe sobre o grupo, mas tudo indica
que tenha surgido de maneira mais organizada nos idos
de 2008 e é composto por centenas de pessoas espalhadas
por todo o planeta.
Dentro do grupo não existe figura de líder e nem regras,
é bem provável que os participantes não saibam os nomes
reais de seus companheiros. Os “anonymous” que compõem
a legião de ativistas digitais agem de maneira coordenada
na elaboração e execução de ataques virtuais contra grandes
corporações e governos.
A noite de quinta-feira (19) entra para a história da era
digital como um marco na incessante luta do governo americano
contra a pirataria. O FBI conseguiu tirar do ar o Megaupload,
serviço de hospedagens de arquivos na internet utilizado por
mais de um bilhão de usuários. Além disso, foram presos os
principais diretores da empresa, entre eles o fundador do site,
o alemão Kim Schmitz, todos acusados de violação
de direitos autorais.
Foi apenas uma questão de tempo até que o grupo Anonymous
se manifestasse através do seu perfil no Twitter, anunciando
a #OpPayback (operação vingança). Depois de publicar a
expressão “tango down”, termo que no universo dos games
sinaliza a eliminação de um alvo, os sites do FBI,
Justiça americana, Universal Music Group,
Associação da Indústria de Gravação
da América (RIAA) e também da Associação Cinematográfica
(MPAA) saíram do ar.
Mas este foi apenas um de uma série de ataques assumidos
pelo grupo nos últimos anos. Ocasiões recentes
nas quais Anonymous mostrou o poder que tem de atormentar
a vida de gente poderosa, e também criminosa, na internet.
Embora não necessariamente vinculado a uma única entidade
online, muitos websites estão fortemente associados
ao Anonymous.
Isso inclui famosos imageboards, como 4chan e Futaba,
Wikipédia, Encyclopedia Dramatica,
e vários fóruns de discussão.
Após uma série de protestos controversos e
amplamente divulgados
e de ataques de negação de serviço (DDoS) feitos pelo
Anonymous em 2008, incidentes ligados ao seu quadro de
membros só têm aumentado. Pelas suas capacidades,
o grupo Anonymous tem sido considerado pela CNN como
sendo o sucessor do WikiLeaks.
We are anonymous?