Certa vez a verdade entrou em uma
grande depressão. Desesperada,
chorando, decepcionada com
a natureza Humana e já
quase jogando a toalha
quanto a sua missão de
buscar o entendimento
entre as pessoas, decidiu
antes de desistir, procurar
sua amiga parábola como
confidente de seu grande conflito.
A parábola, como era de se
esperar, ouviu atentamente
a verdade e após sua exposição
desesperada, convidou a mesma,
que a acompanhasse, pois ela
guardava coisas que certamente
a ajudariam a resolver de vez
sua situação.
Levando a verdade em frente a
um de seus armários o abriu,
deixando à mostra dezenas
de perucas. Pediu a verdade
que as experimentasse até
que esta encontrasse uma
que lhe ficasse bem. Em outros
armários e da mesma forma,
disponibilizou roupas, óculos,
sapatos, propiciando enfim
à parábola o que costumamos
chamar, um Banho de Loja.
A verdade vendo sua imagem
retrabalhada refletida no espelho,
abriu um enorme sorriso e deixou
emergir a alegria do seu coração.
Percebendo a mudança de
postura da verdade, a parábola
logo recomendou:
- Vá minha amiga! Entre em contato
com todas as pessoas que dizem que
a amam. No final do dia, volte para
conversarmos a respeito. Final do dia,
volta a verdade vibrando de alegria e
felicidade. Quase que incomodando
os vizinhos gritava:
- Parábola! Parábola! Descobri!
Descobri! As pessoas me amam
sim, aliás me adoram, me querem...
mas, sob nenhuma hipótese, NUA e CRUA!
Esta é a parábola da verdade.
Cuidado, o que você chama hoje
de franqueza, pode estar sendo
percebido e até recebido pelo outro,
como uma grande Grosseria, mascarada
com outros nomes.
A escolha é sempre sua!